- Solenidade de Cristo Rei do Universo - Encerramento do Ano da Fé
No
passado domingo, solenidade de Cristo Rei do Universo, o Papa Francisco encerrou
o Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI. Foi um ano para descobrirmos a alegria de caminharmos como irmãos até à
luz plena e verdadeira, de aprofundamento da nossa relação com Cristo.
Agradecemos a Deus os dons e as graças recebidas durante este ano da fé e
pedimos-lhe que nos ajude cada vez mais a ser luz no meio do mundo.
Deixamos aqui alguns excertos da Homilia de
Sua Santidade o Papa Francisco
“As
Leituras bíblicas que foram proclamadas têm como fio condutor a centralidade de Cristo:
Cristo está no centro, Cristo é o centro. Cristo, centro da criação, do povo e
da história.
O
Apóstolo Paulo, na segunda Leitura tirada da Carta
aos Colossenses, dá-nos uma visão muito profunda da centralidade de Jesus.
Apresenta-O como o Primogénito
de toda a criação: n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas.
Ele é o centro de todas as coisas, é o princípio: Jesus Cristo, o Senhor. Deus
deu-Lhe a plenitude, a totalidade, para que n’Ele fossem reconciliadas todas as
coisas (cf. 1, 12-20). Senhor da criação, Senhor da reconciliação.(…)
Além de ser centro da criação e centro da
reconciliação, Cristo é centro
do povo de Deus. (…) Assim no-lo mostra a primeira Leitura, que narra o dia
em que as tribos de Israel vieram procurar David e ungiram-no rei sobre Israel
diante do Senhor (cf. 2 Sam 5, 1-3). Na busca da figura ideal do
rei, aqueles homens procuravam o próprio Deus: um Deus que Se tornasse vizinho,
que aceitasse caminhar com o homem, que Se fizesse seu irmão.(…)
E, por
último, Cristo é o centro da
história da humanidade e também o centro da história de cada homem. A Ele
podemos referir as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de que
está tecida a nossa vida. Quando Jesus está no centro, até os momentos mais
sombrios da nossa existência se iluminam: Ele dá-nos esperança, como fez com o
bom ladrão no Evangelho de hoje.
Enquanto
todos os outros se dirigem a Jesus com desprezo – «Se és o Cristo, o Rei
Messias, salva-Te a Ti mesmo, descendo do patíbulo!» –, aquele homem, que errou
na vida, no fim agarra-se arrependido a Jesus crucificado suplicando: «Lembra-Te
de mim, quando entrares no teu Reino» (Lc 23, 42). E Jesus promete-lhe: «Hoje
mesmo estarás comigo no Paraíso» (23, 43): o seu Reino. Jesus pronuncia apenas
a palavra do perdão, não a da condenação; e quando o homem encontra a coragem
de pedir este perdão, o Senhor nunca deixa sem resposta um tal pedido. Hoje
todos nós podemos pensar na nossa história, no nosso caminho.
Cada um
de nós tem a sua história; cada um de nós tem também os seus erros, os seus
pecados, os seus momentos felizes e os seus momentos sombrios. Neste dia,
far-nos-á bem pensar na nossa história, olhar para Jesus e, do fundo do
coração, repetir-lhe muitas vezes – mas com o coração, em silêncio – cada um de
nós: «Lembra-Te de mim, Senhor, agora que estás no teu Reino! Jesus, lembra-Te
de mim, porque eu tenho vontade de me tornar bom, mas não tenho força, não
posso: sou pecador, sou pecadora. Mas lembra-Te de mim, Jesus! Tu podes
lembrar-Te de mim, porque Tu estás no centro, Tu estás precisamente no teu
Reino!». Que bom! Façamo-lo hoje todos, cada um no seu coração, muitas vezes:
«Lembra-Te de mim, Senhor, Tu que estás no centro, Tu que estás no teu Reino!»(…)"
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