1ª Leitura: Zacarias 12, 10-11; 13,1 Salmo 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9
2ª Leitura: Gálatas 3, 26-29 Evangelho: Lucas 9, 18-24
"E vós? Quem dizeis que Eu sou?"
A pergunta de Jesus "E vós, quem dizeis que Eu sou?" não é uma pergunta igual às outras; tem dentro dela uma questão primeira: "E tu? Quem és?". De facto, para poder dizer quem é Jesus é preciso que todo o nosso ser se entregue na relação com Ele. Só nesse encontro vamos sabendo quem somos e quem é Jesus, porque é Ele que esclarece o sentido daquilo que somos. Quem, estando fora da relação com Jesus, tenta responder à sua pergunta, nunca deixará de ser da "multidão, sem nome e sem rosto".
A vinda de Jesus é uma porposta: Ele quer transformar a multidão, onde não se distingue a fé de cada um, onde tanto há judeus como gregos, e onde ninguém sabe verdadeiramente quem é, numa comunidade. E a fé pede que esta comunidade seja uma comum unidade de homens livres e íntegros, cuja fé resulte do encontro pessoal com Jesus e que tenham a coragem de O seguir. Na realidade, responder com Pedro e com a Igreja "És o messias de Deus" é sabermos quem somos: Filhos de Deus, capazes de dizer "sim" e de renunciar a si mesmos para abraçar a Cruz, sem medo de perder o que têm e o que já são, porque sabem que Deus é mais.
Assim, conscientes de que somos pertença de Deus e seus herdeiros, tendo presente que como baptizados somos o Povo do Senhor, temos tudo para nos pormos a caminho. E este caminho é o próprio Jesus. Para o percorrer, há que viver a Vida de Jesus, com a coragem de ser pobre, casto e obediente à Sua imagem. É ao longo de caminho que, fazendo na Igreja a mesma experiência de Jesus que no seu tempo fizeram os Apóstolos, vamos aprendendo a afirmar: Nós dizemos que és o Cristo, o Filho de Deus Vivo!
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