XVI Domingo do Tempo Comum - Ano B
Jer 23, 1-6/Sl 22/Ef 2, 13-18/Mc 6, 30-34
Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. É o coração de Deus que se compadece das Suas ovelhas. E, porque Deus é fiel, cumpre a Sua Palavra anunciada pelo profeta Jeremias: Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas de todas as terras onde se dispersaram e as farei voltar às suas pastagens, para que cresçam e se multipliquem. Na Verdade, Cristo é, de facto, a nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo e derrubou o muro da inimizade que os separava. Pela Cruz reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só corpo, levando em Si próprio a morte à inimizade.
Sim, o Senhor é fiel e, em Cristo, pelo Espírito Santo, é o
Bom Pastor que nos conduz à casa do Pai, onde habitaremos para todo o sempre.
Mas o Senhor não promete apenas ser o Bom Pastor. Diz pelo
profeta: Dar-lhes-ei pastores que as
apascentem, e não mais terão medo nem sobressalto; nem se perderá nenhuma
delas.
O Senhor promete também dar pastores à Sua Igreja, pastores
à Sua imagem e semelhança. O Senhor quer apascentar o Seu Povo por meio dos
pastores que Ele mesmo chama a capacita. Pastores estes que tal como os
Apóstolos, mais, continuando a missão dos Apóstolos, participam da missão do
Mestre, sendo, ao mesmo tempo, modelo das ovelhas do Senhor.
Jesus enviou os Apóstolos aonde Ele havia de ir, anunciar o
que Ele vinha anunciar, fazer o que só Ele pode fazer: pregar o arrependimento dos pecados, expulsar demónios, curar doentes.
Eles foram e, no fim, voltaram para junto
de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito. Entregaram ao Mestre os
frutos da missão que Ele próprio Lhes tinha dado.
Depois, Jesus diz-lhes: Vinde
comigo para um lugar isolado e descansai um pouco. E, mais uma vez, eles
foram com o Seu Senhor.
Mas ao chegarem, viram que a multidão os seguira e o Mestre
compadeceu-se e começou a ensinar-lhes
muitas coisas. E os Apóstolos, sem mais “quês nem porquês”, deixaram que o
Bom Pastor os levasse não a um simples “lugar isolado para descansar”, mas sim
aos verdes prados dos seus
ensinamentos. Sem nada dizer, ficaram, simplesmente, a escutar o Bom Pastor,
deixando-se alimentar, refrescar e reconfortar pela Sua Palavra e pela Sua
presença nas suas vidas.
Ponhamos também nós os nossos olhos, os nossos ouvidos, o
nosso coração em Cristo. Deixemo-nos, em tudo e para tudo, conduzir por Ele. E
se Ele te chamar para fazer de ti um pastor à Sua imagem, não tenhas medo de O
seguir… para onde quer que Ele vá!
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