Chegámos ao 14.º Domingo do Tempo
Comum… Mais um Domingo das nossas vidas, com as nossas rotinas habituais, com
momentos em família, de trabalho, de estudo ou de descanso… Mas é também mais
um dia para dar graças ao Senhor pelas maravilhas que faz operar neste nosso
Mundo e para levantar os olhos ao alto e procurar um momento íntimo com Nosso
Senhor, tentando buscar o sentido da nossa vocação na liturgia deste dia.
Deus é conhecedor pleno da nossa
interioridade e da nossa caminhada. Neste dia, Ele envia-nos aos que D’Ele se
afastam, aos que o ignoram, aos que o relativizam, aos que o insultam, aos que
o afrontam, pedindo que o façamos em Seu nome, conforme nos é referido na 1.ª
Leitura. E alerta-nos para as dificuldades com que, inevitavelmente, um cristão
comprometido se deparará: fraquezas, afrontas, necessidades, perseguições e angústias,
utilizando alguns dos exemplos enunciados por São Paulo na 2.ª Carta aos
Coríntios. E nesses momentos de angústia, de algum desespero e de luta
constante contra as investidas do mal, Ele diz-nos: «Basta-te a minha graça,
porque a força manifesta-se na fraqueza.» E foi essa força que Jesus manifestou
quando confrontado com a situação de maior fraqueza que alguma vez se podia
sequer imaginar: a exposição do profeta perante o povo para ser crucificado. Jesus
levantou os olhos ao alto e confiou no Pai.
A nossa vocação passa, em
primeiro lugar, por este levantar de olhos aos Céus e pela entrega incondicional
da nossa vida a Deus, para que, através de nós, Ele possa lançar para este
Mundo sementes férteis e fortalecidas, que germinem mesmo que tudo o que está
em redor o impeça ou dificulte.
Apresentemos sempre um coração
disponível a escutar e acolher tudo o que vem de Deus e a suportar as dificuldades
do dia-a-dia, por Cristo. “Pois quando sou fraco, então é que sou forte”: quando
as nossas fraquezas, fragilidades e dificuldades são entregues a Deus, através
de Jesus, as Suas forças manifestar-se-ão em nós e, assim, perceberemos o
sentido da nossa vocação aqui na Terra.
Todos temos a vocação universal
de profetas dos tempos modernos, vocação essa que se concretiza na vocação particular
de cada um. Levantemos, portanto, os olhos ao Senhor e peçamos que nos ilumine
na nossa vocação singular para que, assim, consigamos dar testemunho de Cristo
Ressuscitado e da Vocação Universal que é o Amor.
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