Será que temos
a ousadia de chamar por Jesus?
DOMINGO XVIII
TEMPO COMUM | ANO C
Neste domingo, a
Palavra de Deus convida-nos a meditar no dom da cura. No fundo, estas leituras
falam-nos do mistério salvífico de Deus. Não podemos esquecer que estamos
constantemente a necessitar de ser curados, pois somos frágeis e precisamos da
força de Jesus para combater as nossas fragilidades.
Tanto a primeira leitura
como o Evangelho falam-nos da doença da lepra. Hoje,
somos convidados a olhar para a nossa vida e a identificar quais são as
“lepras” que nos impedem de chegar até Jesus. No tempo de Jesus, os leprosos
eram postos de parte, levados para fora da cidade e não se podiam aproximar de
ninguém. Por vezes, quando estamos mais debilitados por causa das nossas
fraquezas, vivemos também à margem de Deus e dos outros, fechados em nós
próprios com medo de nos aproximarmos. Será que temos a ousadia de chamar por
Jesus, como fizeram os leprosos no evangelho? Ou sentimos o cansaço das
repetições das nossas fragilidades?
Dizia-nos o Papa
Francisco acerca disto: “A mensagem de
Jesus é a da misericórdia”, acrescentando que “Deus nunca se cansa de perdoar, nós é que nos cansamos de pedir
perdão.” Jesus está sempre à nossa espera para nos libertar das lepras que
nos condicionam à relação com o Pai e com os nossos irmãos. Mas para que isso
aconteça é preciso que saibamos pedir a Jesus como os dez leprosos: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”(Lc
17, 13).
Para nos apresentarmos
diante de Deus, temos a “ponte construída por Jesus”, que é a Igreja, sinal do
seu corpo vivo entre nós, e é a ela que devemos recorrer para que aconteça essa
total mediação. Na primeira leitura, Naamã depois de ficar curado foi
apresentar-se a Eliseu, o homem de Deus e no Evangelho, Jesus manda os leprosos
irem mostrar-se aos sacerdotes.
Depois de
experimentarmos a cura que Jesus vai fazendo em nós, somos convidados também a
dar graças a Deus por essa grande obra de misericórdia. Aprendamos a ser como o
leproso, que ao ver-se libertado da lepra, “voltou
atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto em terra aos pés
de Jesus.” (Lc 17, 15-16).
São Paulo na segunda
leitura exorta-nos: “se morremos com
Cristo também com ele viveremos.” (2Tm 2, 11). A vida de Cristo faz-nos
renascer para uma vida nova e isso deve suscitar em nós o sentimento de
gratidão pelas maravilhas que Deus vai realizando em nós.
(ver) I
Leitura - Salmo Responsorial - II Leitura - Evangelho
Esta semana entrevistámos o Fernando d'Oliveira, casado, assistente espiritual e responsável pela Pastoral Juvenil e Vocacional da Casa de Saúde do Telhal. Surpreendê-mo-lo com a seguinte pergunta: "Como é que é ser as mãos de Jesus que curam as lepras de hoje?". Para quem estiver interessado em conhecer melhor o Telhal: http://www.juventudehospitaleira.org/
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