quarta-feira, 6 de março de 2013

DOMINGO III DA QUARESMA

LEITURA I Ex 3, 1-8a.13-15
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-4.6-8.11 (R. 8a)
LEITURA II 1 Cor 10, 1-6.10-12
EVANGELHO Lc 13, 1-9

O AMOR SEM FRONTEIRAS

Perguntei ao Senhor: “por que me amas?”

O evangelho deste dia ilustra muito bem um DEUS que é AMOR. Sempre que leio este passo, sinto-me profundamente interpelado, porque fala de um amor cujo sentido original não consigo compreender. E não o consigo compreender porque se trata de um amor sem condições. Na verdade, conseguimos apenas entender um amor com condições e é essa a diferença entre nós e Deus. E Ele é assim porque a sua verdadeira natureza é o amor.
Penso que Deus permanece em silencio apenas diante de uma única pergunta: “Por que me amas, Senhor?” Ele não nos ama por ter necessidade disso, nós amamo-Lo porque precisamos, porque por trás do nosso amor a Deus está uma grande lista de coisas de que precisamos na nossa vida. Mas quando Ele nos ama, o que precisa Ele de nós? A verdadeira resposta será “nada, absolutamente nada”. Quando há um outro propósito por trás do amor, ele deixa de se poder chamar amor, não é mais que um egoísmo. Se isto acontece, não posso dizer que amo Deus verdadeiramente; é preciso que amemos a Deus apenas em função d’Ele. Um bom exemplo deste tipo de amor, retirado da Bíblia, é Job. Job foi o único homem que amou Deus em função de Deus; no meio de todas as provações, ele amava Deus profundamente.
Meus amados em Cristo, procuremos ser pessoas que amam a Deus, a Deus que ama igualmente o justo e o pecador. O amor de Deus nasce de um processo em que se cultiva uma atitude de amor, de misericórdia, de compaixão em favor daqueles com quem vivemos. Que Deus nos abençoe.

Perguntei ao Senhor: “por que me amas?”
Ele não me respondeu, mas devolveu-me um sorriso.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas de alegria... E eu exclamei: “também te amo!”

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